Roxa xenaider

domingo, junho 15, 2008

às quatro da madrugada

“ ÀS QUATRO DA MADRUGADA” (*)
Estava eu a trabalhar
com’ma tesourinha de pontas
quando tive de a poisar
para ir fazer umas contas.
Quis voltar à tesourinha,
mas em vão a procurei.
Revolvi a roupa toda:
cobertor, lençóis e tudo.
até debaixo da almofada
e apalpei-lhe o conteúdo,
- e da tesourinha, nada! -
Por isso agora, suponho,
que a puta de tesourinha
se tenha acoitado num sonho. (*) da canção alentejana – só o título.