de como a humanidade...
…de como a Humanidade
se auto extinguiu, e como
tentou recuperar-se…
Ignora-se em que Século
teve lugar esse evento,
como foi que aconteceu
tal desaparecimento.
Os pergaminhos e crónicas
Que chegaram até nós
são do Século Vinte e Um,
época tão recuada
q’não deixou vestígio algum
que permita ser estudada
com um mínimo de exactidão.
Só restava gente velha,
e da última geração
ficara apenas um jovem.
Buscaram uma anciã
e com Pompa e Circunstância,
como no Circo Romano,
ao jovem foram juntar
num exótico mano – a – mano,
realçando a importância
do seu êxito ou fracasso
pr’a bem da Humanidade
e sua sobrevivência.
“Mas novo não rima com velha” (*)
e uma eréctil disfunção
veio deitar tudo a perder
destruindo a ilusão
de manter a Humanidade
com todos os seus defeitos
e faltas de qualidade.
E tudo voltou aos bichinhos,
Lesmas e mais rastejantes
ancestrais do ser humano
e por demais repugnantes.
Na Escala da Evolução
só um ser inteligente
como o “Delphinus Delphis”
nadando contra a corrente
fará renascer a Vida
tornando, enfim este Mundo
belo, feliz, abençoado…
…se antes o não matarem
os efluentes do Sado !
(*)- a frase assinalada faz parte de um poema do Autor Teatral Silva Tavares e reporta-se aos anos trinta do Século passado. (se me não atraiçoa a memória) e era dedicado, ou melhor, dirigido a uma corista miuito bonita com idade de corista e corpo a condizer. Com tão boas credenciais não era de estranhar que provocasse acesas paixões não só entre os espectadores como em gente do próprio teatro, incluindo o Poeta que há muito ultrapassara a idade da juventude: a dela e a dele. Ela, como se calcula, punha-lhe o cabeça em águe e o coração em ânsias. Daí o poema que se segue:
Pus tão cega onfiança
na tua sinceridade
que sem me lembrar da idade
mais uma vez fui criança.
Em vez de ver-me a um espelho
busquei abrigo em teu peito.
"Nova não rima com velho"
quis que rimasse... bem feito!
1 Comments:
Alô Paix, já vi que passou lá pelo blog e gostei muito. Por aqui a criação não pára. Parabéns e um abraço.
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